quinta-feira, 11 de junho de 2009

"Nada me abala!" assim uma amiga minha diz quando encontra um obstáculo à frente.
E não é que começei a usá-la com frenquência? É somente com esse pensamento que seguimos a diante.
Se formos parar a cada imprevisto, a vida não anda.
Por vezes fico pensando, como a autoconsciência é importante. Ser autoconsciente é refletir sobre si
mesmo e perceber que nada nos abala quando se tem a solução.
“Esse é o lance: nós somos espaço. Definir o que somos além disso é a incerteza, a semente da futura frustração.
Não é uma questão de atuarmos conscientemente para impressionar alguém ou pra entrar num grupo. É inconsciente,
período integral. Não somos nada e estamos atuando full time, não só para os outros, mas para nós mesmos.
Por mais sinceros que sejamos e por mais que pareçamos estar sendo nós mesmos radicalmente, é bobagem.
Não somos nada e por isso podemos ser tudo, sem neuroses.”
Nossa vida é o filme de nós mesmos. Nossa história é o que estivermos sonhando esse tempo todo.
Por mais que tudo dê errado, a tela ao fundo é nossa redenção. Ainda que tudo desabe,
nosso refúgio é o céu. Mesmo se formos atacados e cairmos mortos no chão, ainda poderemos
ouvir de quem nos desperta:

“Ei, acorda! O dia tá lindo…”

SER

" O importante é SER , não TER... porque os seres que "SÃO", são mais felizes do que os SERES que têm"

Simplicidade

"O ser humano pensa demais", falei.
É, o ser humano se enrola, deveras, como diria meu avô, nos "talvezes", "poréns" e nos "e ses", com isso acaba deixando de fazer coisas simples.

Por conta dos “e ses”, deixamos muitas vezes de nos entregar por puro medo ou adiamos coisas tão gostosas por uma insegurança boba. Se dermos sorte, iremos descobrir depois que tudo não passava de bobagem - não haveria problema em ter ligado, em ter pedido desculpa, em ter dito um “eu te amo” ou “gosto de você” -, mas talvez seja tarde demais. Aí, acabamos na companhia daquele pensamento chato, que vem nos corroendo de remorso. Chega cutucando: "Por que eu não fiz?" e, por vezes rimos de nós mesmos. Mas em outros casos, a tal chance nunca volta. Só resta o arrependimento e ele dói, dói muito.

Eu digo uma coisa: arrisque. Ninguém perde nada com isso. Vivamos o risco, vivamos o medo sim, a insegurança, mas o superemos com as tentativas. Na maioria das vezes descobrimos que estávamos errados, que nosso medo era bobo, que fizemos tempestade em copo d`água e nos preocupamos à toa. Na pior das hipóteses aprendemos a superar nossos medos e sentimo-nos livres, como todo o ser humano deve ser.
E digo mais: aproveite! O amor não aparece tão fácil se não deixarmos, a felicidade não fica muito tempo se não dermos chance a ela e a sorte só anda ao nosso lado se realmente fizermos questão da sua companhia.

Dê uma gargalhada alta. Abrace quem você ama. Não durma chateado. Tente acordar de bom humor. Fuja às vezes da dieta. Caminhe sem rumo. Tire uma tarde para rever fotos antigas. Colecione algo. Cultive amigos. Telefone para sua mãe. Vá a um lugar que você nunca foi. Perca a vergonha e arrisque passos de dança numa pista lotada. Tome a iniciativa em pelo menos uma paquera. Arrependa-se e aprenda com isso. Peça desculpas a alguém. Faça novas amizades. Se lambuze de sorvete. Tome banho de chuva. Aprenda um poema. Doe suas roupas antigas sem remorso. Planeje uma viagem. Viaje. Vá à praia com um biquíni mínimo, sem vergonha das suas celulites. Diga eu te amo. Tome um porre. Pratique um esporte, mesmo que não leve jeito pra isso. Aceite desafios. Não segure o choro. Não segure o riso. Faça algo que você sempre teve medo de fazer. Visite seus avós. Sonhe. Aprenda uma receita. Escolha o nome dos seus filhos. Adote um bichinho de estimação. Cante no chuveiro. Faça uma loucura e compre aquilo que você está desejando há tempos, mas que é caríssimo. Dê uma chance ao acaso. Acredite no mundo. Não brigue. Se brigar, perdoe. Ajude alguém. Assista a um romance água-com-açucar. Aproveite a vida e aposte no simples desejo de ser feliz.

Luminosidade aparente.


Quantas vezes sorris sem que te dêm retorno à simpatia?
Quantas?
Quantas vezes tentamos trazer, mais que não seja, apenas um pouco de luminosidade aos rostos de quem nos vê?
Mesmo que não os conheçamos, sorrimos feitos bonecos, na esperança que aquele momento de cúmplicidade ingénua tenha sido aproveitado.
E sorrimos, por tudo, por nada. Sorrimos uma vez mais.
Mas para quê?
Só te retribuirão caso tenhas algo em troca para oferecer.
Sinto falta de gente assim, como eu.
Gente que sorri à recepcionista, ao senhor da feira , à contínua do escritório, ao motorista do taxi, como se estes realmente nos fossem importantes.
Olhar cada um nos olhos.
Olhar e entender que cada pessoa é diferente.

Eu vi o tempo...


Eu vi um menino correndo,
eu vi o tempo brincando ao redor do caminho daquele menino.
Eu pus os meus pés no riacho. E acho que nunca os tirei.
O sol ainda brilha na estrada que eu nunca passei.
Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga.
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou.
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou.

...


Eu vi muitos cabelos brancos na fonte do artista
O tempo não pára no entanto ele nunca envelhece.
Aquele que conhece o jogo, o jogo das coisas que são.
É o sol, é o tempo, é a estrada, é o pé e é o chão.
Eu vi muitos homens brigando. Ouvi seus gritos.
Estive no fundo de cada vontade encoberta,
e a coisa mais certa de todas as coisas.
Não vale um caminho sob o sol.
E o sol sobre a estrada, é o sol sobre a estrada, é o sol.


A vida é mais simples do que a gente pensa. Basta aceitar o impossível, dispensar o indispensável e suportar o intolerável. A vida não consiste em ter boas cartas na mão.
Mas sim, em saber jogar com as que você já tem
.

Autocompletude!


Por mais que a vida não seja como a gente sonhou... Mesmo que tudo pareça grande de mais para agüentar... Por vezes me sinto tão preenchida, tão completa! Com o tempo descobri que não precisamos ter tudo, ou esperar que tudo esteja perfeito para que possamos nos sentir feliz. Eu aprendi que felicidade são fragmentos, são minutos, são sensações... É uma música... Um abraço... Um olhar... Uma palavra... A felicidade está escondida em cada segundo, minuto, que passa e não volta jamais... Apesar de tudo, eu me senti completa, feliz! Por saber que por mais que muita coisa esteja no caminho errado, há coisas que estão no caminho certo, e são estas coisas que me fazem feliz. Aprendi a não esperar o momento perfeito, a não esperar que a vida seja perfeita... Aprendi a demonstrar mais o sentimento no hoje, no agora... Porque descobri que a vida passa muito rápido. E este rápido faz com que aquilo que sempre deixarmos para depois, talvez nunca ocorra... E quando a gente parar, talvez seja tarde, ou talvez aquele momento já tenha passado... Enfim, são tantas variáveis, que o melhor é fazer para que os dias não passem em branco, e que no final, tudo isso seja lembrando com um ar de satisfação...
A satisfação de que tudo que fizemos valeu a pena...