sábado, 18 de julho de 2009

Isto são coisas que digo,
que invento, para achar a vida boa...
A canção que vai comigo
é a forma de esquecimento do sonho sonhado à toa...
Não sei se a vida é curta ou longa demais pra nós. Mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: Colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo. É o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais.
Mas que seja intensa, verdadeira, pura...


Enquanto durar.

(Cora Coralina)
... até que um dia, por astúcia ou acaso, depois de quase todos os enganos, ele descobriu a porta do Labirinto.... nada de ir tateando os muros como um cego.
Nada de muros.
Seus passos tinham –- enfim! –- a liberdade de traçar seus próprios labirintos.

(Mario Quintana)
Não me queiras bem ou mal
por uma pétala
por um gesto
a mais ou um deslize.
Quere-me pelo todo.
Corola
miolo
haste
folhas
cor
espinhos
pólen
perfume
raízes.


Isso de querer ser exatamente aquilo que a gente é
Ainda vai nos levar além.

(Paulo Leminski)
Tem horas em que penso que agente carecia,
de repente,
de acordar de alguma espécie de encanto.

(João Guimarães Rosa)
Liberdade - essa palavra que o sonho humano alimenta;
que não há ninguém que a explique,
e ninguém que não entenda!

(Cecília Meireles, in: Romanceiro da Inconfidência)

"A maturidade me permite olhar com menos ilusões,
aceitar com menos sofrimento,
entender com mais tranqüilidade,
e querer com mais doçura."


"Quantas vezes a gente
em busca da ventura
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão
por toda parte
os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!"
(Quintana)

Sou como você me vê.


É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque, no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto, como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo...
Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania. Depende de quando e como você me vê passar.
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre"