
Me debati muito, lutei e até fui ingênua a ponto de achar que seria a última rebelde, a última romântica, a única que não se acomodaria em nenhum ninho, por medo de me esquecer das graças da vida. Inevitavemente, tudo isso foi se esfumaçando e outras coisas foram tomando forma. Muito do medo de pousar evaporou-se, hoje tenho muito mais certezas.
Por fora, está tudo muito bem, as mudanças são poucas. As grandes mudanças foram estruturais. Posso ver claramente os ciclos se abrindo e se fechando. A vida não pára, e nada pode interromper aquilo que eu realmente quero para mim.
No meu peito, há uma rede onde eu balanço calmamente, corro para lá sempre que preciso. Lá vou morar para sempre.
Noz