Vinte do dois de dois mil e oito

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Vinte do dois de dois mil e oito. Para início de conversa.
Escrever é virar uma máquina fotográfica pra si mesma. Agradeço a todas as pessoas que eu ainda vou conhecer na vida. Guardem com carinho essa parte minha que já está com vocês, que eu estou chegando para buscá-la.
Gosto de pessoas. De pessoas no fim das cartas, de apelidos e de pagar meia no cinema. De arrumar a mala e partir e chegar, de deixar pra lá. Pra eu contar qualquer história, não há habitante, esquina, palavra, época, rosto, gosto, porcaria no mundo que possa ficar de fora. Gosto de gostar.
Ando com vontade de escrever cartas para as pessoas que eu amo. Só para dizer que amo, para fechar algum parêntese aberto, para conjugar verbo em conjunto. Para passar as faca na barriga dos meus sentimentos e deixar vazar. Cartas longas, cheias de palavras, de nomes e cores e coisas e lugares.
Ando me apaixonando pelas pessoas que sempre amei: Mamãe, Papai, Lázaro, Vovó Fatinha, Tia Bia, Túlio, Isadora, Samuel, Miguel, Tio Adalberto, Alícia, Rafael, Tia Cida, Geraldo, Lipe, Camila, Belinha, Andréa e Martinha (mais novas amigas), Vó Auxiliadora, Gabi, Tio Aléxis, Leandra, Tatinha, Lora, Flor, Juju, Lilica, Fabrício, Ju Celeste, Luana, Felipe, Tinho, Naná, Leandro, Tiago, Solineuza, Rita, Rafa, Tati, Dri, Harry, Tiza, Pri, Aninha...
Minha própria seleção Brasileira!!! Cada um de vocês merece uma biografia completa em nove volumes. É muito bom descobrir uma mina de ouro na ponta do nariz!

Recomendo homenagens sem motivo.
Ando tomando rumos, ando à toa, ando sambando por madrugadas, ando gostando até de gostar. Bom mesmo é andar descalça, andar de mãos dadas.
Escrevo porque ando!

Noz